Com o meu olhar retratei
sua imagem ignorada,
seus movimentos,
seus passos lentos.
Perdida, no cenário da vida,
olhar sem brilho,
negando sorrisos,
caminhava sem destino.
Estendendo as mãos, mendigava o pão,
sofrendo agressões
sem saber a razão.
Entorpecida pela fome
entre os detritos sobrevivia.
Não era bicho... era uma criança
desafiando a própria vida.
Seu corpo fragilizado,
ferido pelos raios da vida,
em silêncio com sua dor
desprotegida... assim vivia.
Na tela colorida do tempo
um refúgio é um lar.
Debaixo da ponte adormeceu
e retratei seu último olhar!
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