Rir- Luzia Madalena Granato


Rir é talvez minha sina.
Mesmo que a vida me maltrate.
Dou risada de tanto amor,
e da lágrima que cai da saudade que ficou.
Da beleza, de levantar-me do chão, quando tem humilhação.
Porque a tristeza tento deixar para trás.
Dar risada é uma característica
que não consigo, às vezes, dominar.
Dou risada até de meus tropeços, ao falar algo errado.
De uma criança que carrego na alma.
Pois à vida é um palco,
onde o roteiro escrevo o que consigo e até o que não domino.
Sou equilibrista de um circo,
 por que a vida nos convida a ser assim.
Mas de todos personagens, é o palhaço, que me faz rir.
O Palhaço ri até do choro do peito que dói.
Ao rir ele convida a todos serem gentis.
O palhaço gentileza, palhaço de grandeza,
que diante da tragédia que viveu,
na sua “lucidez” perfeita, dizia “Amem,
eu sou gentileza, desta vida não se leva nada”.
Estou viva, troco energia, poesia e arte, amizades.
Não tenho medo, nem vergonha de ser assim.
Ao rir, me curo por momentos, sou palhaça de mim.

Dizem que o amor não se explica, se sente!


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