Lá em casa a famosa sopa de pobre era feita com uma xícara de macarrão Ave Maria, um litro de água, uma batata, uma cenoura, um chuchu, uma colher de azeite e um cubo de caldo de carne. Cozinhava bem para o avô que já não tinha os dentes para comer também.
Certa ocasião a receita chegou ao ouvido de um político espertalhão em época de reeleição. No palanque o discurso era “vou fazer a sopa de pobre para acabar com a fome dos pobres”.
Então em um belo dia a fila dobrava a esquina e se estendia por uns quinhentos metros, era pobre de todos os modelos e até quem não era tão pobre assim estava ali na fila com a sua bacia esperando levar uma parte da sopa.
Depois de algumas horas na fila o povo começou a reclamar; “deve esta muito boa a tal sopa, pois todos que entraram não saíram!” neste momento saiu lá de dentro o tal político agarrado com duas pobres gostosas e logo atrás um cara de avental gritou; “ei aonde você vai com os ingredientes da sopa? A resposta foi serena; “é que eu prefiro comer crua.”
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