Gostaria de falar da vida!
Não da vida do dia-a-dia,
mas daquela que a gente gostaria,
onde houvesse só alegria,
nada de tristeza, nem desânimo.
Será então que a vida valeria?
Será que haveria aprovação
numa vida só de alegria?
Repensando...
Eu acho que não.
Quem apreciaria o belo e o bom
se não houvesse o feio e o ruim?
Seria como um mundo de uma cor só,
uma música de uma nota só,
uma monotonia sem fim.
O belo não seria mais belo,
nem a alegria seria alegre.
Não teríamos mais parâmetros
para saber se era uma coisa ou outra.
Não poderíamos comparar a profundidade dos
momentos bons ou ruins,
a não ser que fôssemos só sentimentos.
E assim, a vida se encarregaria de simplesmente ser.
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