Na família dos galináceos, em plena selva amazônica, encravada a beira de um grande rio, existe rencas de aves no terreiro de uma pousada florestal. Por ser o rio Teles Pires bastante piscoso atrai pescadores de todo o Brasil.
Dentre os atraídos foram conhecer e pescar neste rio um grupo de naturalistas. Um deles teve duas finalidades para a viagem: uma a de pescar para espantar o stress e a outra de anotar personagens, cenários e episódios para cronicar. Sua primeira observação interessante foi a do comportamento das aves no terreiro em um clima agradável após uma forte chuva. Na verdade o que mais lhe chamou atenção foi como os galináceos fazem amor. Neste episódio entram em cena o Galo Malandro, O Galo Cristudo, as Galinhas Caipiras, as Galinhas D’ángola e o Galo Músico.
O ato sexual destas aves ocorre através da junção das cloacas do macho com a da fêmea e não dura mais que 5 segundos, conforme a excitação do macho. Uma vez coberta a galinha o macho, para se equilibrar em cima dela, bica-lhe a cabeça e segura até o final. Após descer os dois se arrepiam sacodem as penas, dá um gingado para os lados e separam-se. Quando não há outro galo por perto o macho ainda dá o prazer de esporar a sua amada arrastando as asas e volteando em torno, guturando na sua onomatopeia: có có có có có... có có có có có có...
Como em um grupo de pessoas em quaisquer atividades há um líder no terreiro desta Pousada, também. O Galo Cristudo comanda as galinhas e mais dois galos em tudo que possa ocorrer na harmonia das aves. O melhor e mais sagrado comportamento é o amor sexual. O galo Malandro é louco por galinhas tanto as caipiras como as d’ángola. Acontece que embora sejam galinhas as d’ángola têm também a sua espécie macho para se acasalarem, mas o Galo Malandro não respeita esta distinção.
Logo após o amanhecer as galinhas levantam do poleiro batem as asas e pulam no terreiro. O Galo Malandro desce primeiro e enquanto o Galo Cristudo ainda fica ressonando ele vai pegando uma por uma as galinhas que vão descendo. No ritual do amor as preliminares estimulantes acontecem com o galo correndo atrás da galinha em zig zag, vai p’ra lá, vem p’ra cá, dá um drible aqui outro alí passando pelo meio da renca até a galinha cansar. Ela agacha ele sobe em cima e cobre-a por instantes não superior a 5 segundos. Entretanto o Galo Malandro louco por galinhas não obedece este ritual de manhã. À medida que as galinhas vão pulando no chão ele pula em cima da primeira, cumpre a sua obrigação de macho, imediatamente larga a anterior e pula na próxima em série como na esteira de uma fábrica de carro, sem tempo para mais nada. Enquanto o Galo Músico não desce o Malandro vai satisfazendo a sua tara. Os dois no chão dividem a tarefa harmoniosamente um cobrindo e o outro afagando as galinhas.
Enquanto isto o Galo Cristudo desperta meio solonento, bate as asas, canta e pula no chão, acabando com a alegria dos dois companheiros. Estando o comandante no terreiro as galinhas obedecem o ritual de correr para o Galo Malandro perseguir correndo atrás até passarem perto do líder. A galinha pára o Galo Cristudo aplica um “chega p’ra lá” no Malandro, separando-os. O Cristudo permanece em volta da galinha, esporando e arrastando a asa esquerda de um lado e depois a direita á sua maneira de cortejá-la. O Galo Malandro saí por outro lado, desconfiado, mancando, esticando o pescoço para olhar em volta, por todos os lados, com a asa esquerda derreada e passos do urubu vadio; cararejando como que alardear uma injustiça. Mas logo ele se refaz, acerta o passo, ajeita a asa, estica o pescoço avistando o Galo Músico arrulhando uma galinha para o companheiro. Como quê numa rotina parte para cima da nova galinha estimulada e novamente o Galo Cristudo arrefece-lhe o apetite.
Interessante é o fato de estar escurraçado pelo Gato Cristudo o Malandro vendo-se alijado das suas parceiras, galinhas caipiras, parte p’ra cima das galinhas d’ángola. Estas por sua vez não sendo compatíveis com a cadeia da raça caipira, por sua própria natureza não se harmonizam. Entretanto, o Galo Malandro mesmo assim não desiste. Tenta correr atrás da galinha d’ángola, mas esta fica estática e ele perde a graça, mas teimoso que é sobe em cima tentando se equilibrar, mas não consegue, bica na cabeça da fêmea, mas não segura. Enquanto isto todas as galinhas d’ángola do terreiro, machos e fêmeas, juntam-se em defesa da sua espécie para linchar o estuprador. Como no escurraçamento do Galo Cristudo, o Malandro se esquiva sai de fininho esconjurando a má sorte.
Se as galinhas aceitarem e o Cristudo deixar o Malandro depois de cobrir uma já sai correndo atrás de outra, sucessivamente sem se cansar.
Como em um grupo de pessoas em quaisquer atividades há um líder no terreiro desta Pousada, também. O Galo Cristudo comanda as galinhas e mais dois galos em tudo que possa ocorrer na harmonia das aves. O melhor e mais sagrado comportamento é o amor sexual. O galo Malandro é louco por galinhas tanto as caipiras como as d’ángola. Acontece que embora sejam galinhas as d’ángola têm também a sua espécie macho para se acasalarem, mas o Galo Malandro não respeita esta distinção.
Logo após o amanhecer as galinhas levantam do poleiro batem as asas e pulam no terreiro. O Galo Malandro desce primeiro e enquanto o Galo Cristudo ainda fica ressonando ele vai pegando uma por uma as galinhas que vão descendo. No ritual do amor as preliminares estimulantes acontecem com o galo correndo atrás da galinha em zig zag, vai p’ra lá, vem p’ra cá, dá um drible aqui outro alí passando pelo meio da renca até a galinha cansar. Ela agacha ele sobe em cima e cobre-a por instantes não superior a 5 segundos. Entretanto o Galo Malandro louco por galinhas não obedece este ritual de manhã. À medida que as galinhas vão pulando no chão ele pula em cima da primeira, cumpre a sua obrigação de macho, imediatamente larga a anterior e pula na próxima em série como na esteira de uma fábrica de carro, sem tempo para mais nada. Enquanto o Galo Músico não desce o Malandro vai satisfazendo a sua tara. Os dois no chão dividem a tarefa harmoniosamente um cobrindo e o outro afagando as galinhas.
Enquanto isto o Galo Cristudo desperta meio solonento, bate as asas, canta e pula no chão, acabando com a alegria dos dois companheiros. Estando o comandante no terreiro as galinhas obedecem o ritual de correr para o Galo Malandro perseguir correndo atrás até passarem perto do líder. A galinha pára o Galo Cristudo aplica um “chega p’ra lá” no Malandro, separando-os. O Cristudo permanece em volta da galinha, esporando e arrastando a asa esquerda de um lado e depois a direita á sua maneira de cortejá-la. O Galo Malandro saí por outro lado, desconfiado, mancando, esticando o pescoço para olhar em volta, por todos os lados, com a asa esquerda derreada e passos do urubu vadio; cararejando como que alardear uma injustiça. Mas logo ele se refaz, acerta o passo, ajeita a asa, estica o pescoço avistando o Galo Músico arrulhando uma galinha para o companheiro. Como quê numa rotina parte para cima da nova galinha estimulada e novamente o Galo Cristudo arrefece-lhe o apetite.
Interessante é o fato de estar escurraçado pelo Gato Cristudo o Malandro vendo-se alijado das suas parceiras, galinhas caipiras, parte p’ra cima das galinhas d’ángola. Estas por sua vez não sendo compatíveis com a cadeia da raça caipira, por sua própria natureza não se harmonizam. Entretanto, o Galo Malandro mesmo assim não desiste. Tenta correr atrás da galinha d’ángola, mas esta fica estática e ele perde a graça, mas teimoso que é sobe em cima tentando se equilibrar, mas não consegue, bica na cabeça da fêmea, mas não segura. Enquanto isto todas as galinhas d’ángola do terreiro, machos e fêmeas, juntam-se em defesa da sua espécie para linchar o estuprador. Como no escurraçamento do Galo Cristudo, o Malandro se esquiva sai de fininho esconjurando a má sorte.
Se as galinhas aceitarem e o Cristudo deixar o Malandro depois de cobrir uma já sai correndo atrás de outra, sucessivamente sem se cansar.
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