Nossas Vidas – VI- Idemar Gonçalves de Souza




Pobrezinha borboleta... que tormento!
Quase sem vida e sem socorro, ela jazia
e me fitando, de sobrolho, requeria
que a livrasse do horror desse momento.

Com o desvelo que a tragédia me exigia,
estendi as minhas mãos à coitadinha
esvaída, moribunda e... em ruína uma asinha.
Servi-lhe mel, de que ela faminta, se nutria;

dei sobrevida à sua asa e ela, já tagarelando,
delatou-me o malfeitor: um ser mal e... luzidio.
Hum... foi o meu gato, imaginei. a hipótese vingou!

Recomendei que se agasalhasse... estava frio!
Perguntou onde se guardava o mel e me beijou.
Sorriu-me, jurou cuidar-se e radiosa se foi... cantarolando!





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