O movimento e a onda
não se cansam de dançar
coreografias tão sensuais,
de leveza e fluidez,
que bailarinas tentam imitar.
De requintada elegância
as ondas me trazem à lembrança
as cantigas de ninar.
Ou estarão mantras a entoar?
O que não se pode negar
é a musicalidade
de sonoridade ondulatória
que sentimos no ar.
Um poema musical!
Não se sabe explicar
o ritmo que a onda traz,
repetindo as cadências
de outras ondas atrás.
Ainda que a onda ande
em lugares bem distantes,
sempre deixará rastros
da sinuosidade
que traz consigo.
O movimento e a onda
são parceiros inseparáveis.
Se ele a abandonar,
onda não será jamais!
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