Nossas Vidas - VII- Idemar de Souza

 

Pensava em você... voltou tão brevemente!
Doutra vez aqui esteve foi-se cantarolando,
tão radiosa, me fez imaginar condor voando
nas alturas e eu me dei ao seu amor, carente.

Você regressa: me olha e toca, indiferentemente...
e diz coisas dos seus mais íntimos sentimentos,
mas dentre elas nunca estou e, nesses momentos
eu morro, várias vezes, de ciúme, intimamente.

Quando se foi, senti nascer, naquele instante
uma quimera vinda não sei de onde e cá ficou
a prometer-me um vale fértil de esperanças.

Enganei-me! Um vento vil e ascendente a levou
pelos céus, mais uma vez e agora... só lembranças.
Quero morrer... ó borboleta dos ares navegante!









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