Dedicado a Jugurta de Carvalho Lisboa.
De há muito eu te esperava
sem saber que trazias
a chave de todos os mistérios.
Eras a resposta sagrada,
tesouro para mim guardado
desde tempos imemoriais.
Hoje, quando me cobres
com tuas asas de homem
de anjo, transformas a vida
em doce e manso happening,
no paraíso só nosso,
ao nosso amor destinado.
Ah, Amado, é o verde, o silêncio,
as flores coloridas que emolduram
nosso ninho cálido, a brisa
ou são tuas mãos tépidas
que curam as chagas
que a vida me presenteou
como alçapões malditos
no inesperado das madrugadas?
Tu me tomas pelas mãos e dizes:
- Vem, irmã, companheira, mulher minha,
o tempo dos sonhos e pesadelos
tudo terminou. Sorris iluminado.
Como um deus, como meu homem.
Tu és plural. Menino, mago
selvagem animal quando me possuis.
E tudo é belo, tem sentido,
porque sei que és meu
nesta doce e mágica troca.
Ely Vieitez Lisboa
(*)Do livro Replantio de Outono, 2008.
Na 55a. Revista Ponto & Vírgula - Pág. 12
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