Quem será que traz o verso
Nas horas mortas da noite
Quando o sono está disperso,
Quando a lua, de pernoite,
Vai no alto céu brilhando,
Perdida na imensidão,
Cada beco iluminando,
Espiando todo o chão...?
Nas horas mortas da noite
Quando o sono está disperso,
Quando a lua, de pernoite,
Vai no alto céu brilhando,
Perdida na imensidão,
Cada beco iluminando,
Espiando todo o chão...?
Quem será que traz o verso,
Quando a virgem descuidada,
Com seu seio descoberto,
Dorme em plena madrugada...?
Quando a mãe deixa seu leito
E vai dar ao filho o peito
Que dorme na cama armada...?
Quem será que traz o verso,
Ao poeta extasiado,
Que sonha quase acordado?
Quem será que traz o verso
Quando o sol mostra a campina
Quando a várzea sonolenta,
Dos olhos tira a neblina...?
Mas, quem será...? Quem será...?
Quem será que traz o verso...?
Será da flor, o perfume,
Será o amor, o ciúme,
Talvez a guerra, ou a paz...?
Será a noite sombria,
A tristeza, a alegria...?
Quem será que o verso traz...?
Eu não sei... Nem de onde vem,
Mas sei onde ele é guardado
E não sei se culpa tem,
Quem o guarda com cuidado,
Mas, se há culpa de alguém,
Tu poeta és o culpado...
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