Um estar violeta na pálida atmosfera
pega nua na irrelevância de fantasiar
por dores e estrelas de aço, já enferrujadas.
Todas as luas presas a Saturno
para que só um botão de rosa sobreviva.
Uma vida inteira para se descobrir
que no final, o sol também é frio.
A convalescência
que não deixa ir embora o que já se foi.
Um ser-sempre-outro lilás e insólito na febre,
a deixar tudo como é
perdido no seu sem-porquê de ser.
A tortuosa razão, suficiente para que o fim seja,
definitivamente, o fim.
A certeza que transborda falta de certeza
e cobra a ausente presença
do par de olhos do qual já nada passa desapercebido.
Eis a mais dura lição
que se recebe crua da realidade.
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