Defino-me como um ser humano em construção, vivendo de pequenas felicidades.
Sou formada em Letras e Pedagogia, especialista em linguagens midiáticas. Amo a educação e acredito em seu poder transformador. Sou apaixonada por jornalismo e pelas artes. Aprecio literatura, em especial a crônica. A crônica diária me encanta. Existir, observar, sentir, refletir: traduzir tudo isso em letras é meu passatempo preferido.
Comecei a publicar meus escritos em um blog em 2009. Foi quando percebi que, para escrever um texto, eu carecia ser simplesmente um eu a sentir o mundo, captando o mínimo de poesia do viver cotidiano.
Para mim, a língua portuguesa é intrigante, desafiante, encantadora, apaixonante. E, diante de toda essa admiração pela língua e pela escrita, despretensiosamente, em 2017, lancei, de forma independente, meu primeiro livro. Garimpei meus escritos, escolhi os textos, lapidei outros e nasceu o “Entre tantas coisas e outras crônicas”. O título partiu de uma crônica finalista do Mapa Cultural Paulista edição 2011/2012, um programa que, embora atualmente em novo formato, ainda tem o objetivo de fomentar as produções culturais do interior, revelando valores em segmentos que não teriam acesso aos meios de comunicação e com pouca visibilidade no meio cultural. Foi um grande estímulo, já que por duas vezes fui finalista neste mesmo programa cultural, na outra ocasião, com um conto.
Costumo dizer que escrever é como fabricar um tecido. Ao substituir um fio comum por um fio de qualidade desconhecida e a ele unir uma pitada particular de técnica, crio a competência de urdir um formoso e diferente tecido apto a revestir até os gostos mais refinados. A tessitura de um escrito também é assim. Um sentir, um olhar com um pouco mais de sensibilidade penetra nas letras e faz a diferença no texto e na vida.
Também sob a perspectiva de tocar a alma por meio da escrita, durante a pandemia, aceitei fazer parte de um projeto um tanto quanto diferente e desafiador – “Preces de esperança” –, que começou naturalmente a partir da amizade com um padre da arquidiocese de Ribeirão Preto, o Pe. Josirlei Ap. Silva. Ele, que é Capelão Hospitalar e possui a delicada habilidade de entrar na intimidade do paciente para acolher seus medos, suas angústias, tornando seu sofrimento menos doloroso através da palavra de Deus. Ao viver as experiências dentro dos hospitais, o padre as relata para mim e eu as traduzo em letras, publicando, em seguida, em uma rede social - @precesdeesperanca - e em uma coluna no site InterTV Web.
Em tempos de fardos tão pesados e de insistentes incertezas, encontramos este caminho para levar um pouco mais de leveza, amor e esperança às mídias digitais, compartilhando com outras pessoas vivências que encorajam a chama da nossa fé a permanecer acesa.
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Texto de Lucimara de Souza Gomes, em destaque na página 5, da 57a. Revista Ponto & Vírgula (outubro/novembro/dezembro/2021)
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