Poema da espera- Alvim Barbosa

     















Ajuntei sonhos espalhados pelo vento.
Recolhi alegrias das conchas marítimas.
Enfeitei a casa com rosas vermelhas
Para te esperar.
Espanei a poeira do piano solitário
Que dormia há muito tempo no abandono.
Fiz colares de cristais.
De ilusões coloridas.
Prendi a alvorada no meu coração.
As horas passavam lentas ,
Numa agonia sem fim.
E eu a te esperar.
Os sonhos foram-se transformando
Em desalento e dor.
As alegrias se desalegraram  tristemente.
Mas as rosas... essas não murcharam.
Meus olhos que esperavam tua presença,
Regaram-nas constantemente...

                                                 (In Memorian)



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