Só é mistério o ser!
Há quem amou demais,
há quem não soube amar.
O tempo indiferente marcou...
Folha desprendida que
o acaso orvalhou.
Mística flor desfolhou!
No portal do sol
um verde cipreste brilhou!
Gente eu vi passar sorrindo,
uns verdadeiros, outros mentindo.
Vi jovens amaldiçoando,
outros rezando.
Vi passar peregrinos, gente com
fartura, gente pedindo.
Crianças chorando, mães
entristecidas, reclamando a vida.
Somos seres inacabados,
espíritos errantes.
Corre o tempo, chega a hora.
Tudo se transforma!
Eterna é a vida!
*
Poema de Maria Luzia Misuraca Graton, na página 52,
da 18a. Antologia Ponto & Vírgula - Poemas, Contos e Crônicas,
lançada dia 18 de dezembro de 2021 no Hotel Nacional.
Editora: FUNPEC/RP
Coordenadora: Irene Coimbra
Comentários
Enviar um comentário