… de tudo eu já fiz o nada e do nada eu já fiz o tudo. Todos os dias nado na correnteza da vida. Nado contra a vida , muitas vezes ,a favor da vida. Nado sem boia. Nado nua. Nado com a alma aberta. Abro a guarda e não me importo do noucaute. Faz parte de quem tem a audácia para viver. Coragem, amigo. Nado com a alma livre para poder mergulhar mais no fundo... E assim, na água eu lhe conto : Mergulhei na vida...Afoguei o que estava me queimando.... Refresquei aquilo que alegra meu coração... Dei braçadas na força da crença...Nadei as 4 modalidades para o desânimo não me afogar...Dei uma ponta naquilo que estava me sufocando.... Coloquei no sol os sentimentos que estavam na temperatura morna... E no final??? Me tornei uma nadadora sobrevivente... Hoje sou líquido... deixo escorrer o melhor de mim na água. Se quiser sentir minha temperatura já sabe onde me encontrar...
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Texto de Renata Carone Sborgia, na página 62 da 18a. Revista Ponto & Vírgula - Poemas, Contos e Crônicas, lançada dia 18 de dezembro de 2021, no Hotel Nacional em Ribeirão Preto/SP
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