A HORA- Denise Jacometti Carpenter

 Não sei a hora,
mas sei que uma há.
Atrase-a Deus.
Chame a alma embora.
Escrevi meu verso
à beira-mágoa.
A que porto encoberto aportará?
Voltará do azar incerto?
Só tu, Senhor, me faz viver...
Guardar o corpo e o futuro,
sonho breve e escuro,
sonho anônimo e disperso,
confuso como o universo.
Torna-me a vontade esperança,
o sonho inverso.



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