Há uma sútil singeleza
no hábito de tua fortaleza.
Teu coração, tua maior riqueza.
Qual pedra preciosa brilha
com mais encantamento?
A pérola negra ou,
o cristal imantado?
De onde vem a areia
que forma a pérola rara?
Se quem colhe semeia,
que semente semeou?
Da virtude ou da ambição,
das falsas promessas
ou falas do coração.
Do pensamento egoísta
ou a força da união.
Para onde vai à aragem
que leva tuas vestes,
que leva gotas de prata
a iluminar o cipreste?
Para serração branquejante,
que desce dos arranha-céus,
para serranias distantes,
na noite no negro véu.
Vês o teu rosto
e o bem que fizeste.
Ensinas o bem da vida,
o cristal te aparece.
Terás riso, não ferida.
Terás paz, terás prece.
*
Poema de Maria Luzia Misuraca Graton, em destaque na página 16 da 58a. Revista Ponto & Vírgula (janeiro/fevereiro/março/2022)
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