Sei lá o que está acontecendo.
Uma dor imensa assola meu coração.
Não é uma dor qualquer.
Não rima com a minha alma de mulher.
Estou ferida, machucada.
Isso pode parecer um quase nada.
Por vezes, fico assim, muda, calada.
Me sinto agora fragilizada.
Não estou mais construindo castelos
com as pedras atiradas.
Elas estão me sufocando,
me sepultando acordada.
Daqui não enxergo mais nada.
Este túnel parece sem fim.
E me pergunto: o que será de mim?
Estou à procura de paz, quero viver sossegada.
Do livro: Alinhavando Poesia
*Poema de Arlete Trentini dos Santos em destaque, na pág. 11 da 58a. Revista Ponto & Vírgula (janeiro/fevereiro/março/2022)
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