Sou o capim que o vento penteia.
Espuma que o mar
desmancha na areia.
Sou a noite de lua cheia.
Eu sou o sangue
que lhe corre na veia,
a aranha que enreda na teia.
Quero ser
o pão e o vinho da ceia,
o pássaro que livre, gorjeia,
o óleo que mantém a candeia,
o farol que norteia.
Pro navegante, a sereia.
O grão que a mão semeia.
E você...
A labareda que me
Incendeia.
*
Poema de Nely Cyrino de Mello, em destaque na página 12, da 59a. Revista Ponto & Vírgula - abril/maio/junho/2022
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