No doce compasso de um coração, desperto.
A melodia é inédita, percorrendo todo o espaço.
Fecho os olhos...
As imagens passam...
Lembranças suaves, como que buscando
o que poderia ser.
É tudo tão rápido!
Volto do devaneio e então percebo
o nó na garganta onde brotariam
lágrimas que não virão sem permissão.
Apego-me às lembranças alegres,
despertando um novo estado
de espírito calmo, de alma leve,
num passado que hoje
é, simplesmente,
dormente, para sempre.
*
Poema de Marlene Cerviglieri em destaque na página 12 da 59a. Revista Ponto & Vírgula - abril/maio/junho/2022
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