Nada me deixa amargurada.
Vejo-te agora, parecendo um mendigo,
quase nu, à beira da estrada.
Tuas apostas foram altas demais.
Agora, acabaram as tuas esperanças e tua paz.
Estavas cego demais.
Colocaste fé, onde não devias.
Choras agora, amargurado, desesperado.
Tu me dizes que és um pobre coitado,
que foste açoitado, maltratado.
Sentes-te injustiçado, enlutado.
Eu continuo feliz.
Sou dona do meu nariz.
Faço o que sempre quis.
Do livro: Alinhavando Poesia – Pág. 41
Poema de Arlete Trentini dos Santos, em destaque, na 61a.
Revista Ponto & Vírgula (outubro/novembro/dezembro/2022). Pág. 11
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