Foi um acontecimento já esperado, mas mesmo assim eu fiquei muito, deveras emocionado.
Todo branquinho, aquele pacotinho, foi um presente dos deuses do olimpo, e daí em diante nunca mais me senti no limbo.
Cabeludo, ele já chegou com tudo, transformando todos do entorno em seus serviçais. O príncipe nos fez chorar de alegria, por demais.
Passei por uma sensação, que nunca tinha sentindo até então, foi como uma flechada no meu coração. Meu âmago duro, ficou atordoado, de tanto amor reprimido, fui fatalmente atingido, inoculado pelo deus do amor, o verdadeiro cupido.
Minhas pernas ficaram bambas, literalmente, meu coração bateu muito forte, intensamente, como se fosse sair pela boca de repente.
Um leve toque, não, não estava sonhando, era real, e naquele momento percebi o que é o amor visceral.
Momentos indeléveis, o nascimento do meu netinho Filippo. Naquele dia percebemos todos, que nossas vidas jamais seriam as mesmas, pois fomos agraciados, para sempre, por uma sensação Divina, Superior, e que só pode ser, indubitavelmente, o verdadeiro Amor.
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Em destaque na página 5, da 62a. Revista Ponto & Vírgula (janeiro/fevereiro/março/2023)
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