NOSSAS VIDAS - XVIII- Idemar de Souza

 Tenho visto e falado com o Cravo. Ele está bem!
Às vezes, me pergunta de você, saudoso e chora.
Sente falta do carinho, dos abraços... mas Flora
o consola. Quando ele vier, trará a ela, também.

Ah... meu velho! Parece tão tristonho! É saudade?
Abandonou nosso jardim... ressequiram-se as flores...
e, caíram... não faz mal! Vim cuidar das suas dores!
Que manhã, papai! Que bela! Há, no céu, tanta bondade...

Vamos replantar, mais uma vez, nosso jardim! Já pedi
terra, mudas e componentes... empregarei todo labor!
Teremos rosas e clerodendros, as flores-da-esperança!

Notei retratos meus e do Cravo, bem ali, no aparador!
Desde quando, ali estão? Não tinha, deles, lembrança!
Então... Flor! Vovó quem os mandou... eles ficam bem, aqui!  

Soneto de Idemar de Souza, em destaque, na página treza da 



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