... na fecundidade de seu silêncio.
Uma revoada de andorinhas
passou por Guarapari.
Acho que procuravam amor,
sem ervas daninhas,
como eu procurava por ti.
Elas voaram, voaram, revoaram
em desenhos azuis, estrelas pelo espaço.
Todas num mesmo compasso,
como se um maestro original
regesse uma orquestra só de cores.
Pousaram em fios, telhados,
vestiram as árvores.
Como chegaram, partiram as andorinhas,
porque não encontraram em Guarapari
o amor sem ervas daninhas,
como eu também não encontrei a ti.
* Do livro: O Tempo na Ponte – Pág. 79
Nasceu: 07-12-1935
Faleceu: 01-06-2007
Poema de Alvim Alvino Barbosa, em destaque, na página 18 da
Revista Ponto & Vírgula (janeiro/fevereiro/março/2023)
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