Chuva lá fora canta baixinho.
Acordei de uma soneira.
Chuva fina cai
num tintilar de goteiras
como meninas pagodeiras
num som ritmado de pandeiro e violão.
A voz contínua das águas
é a natureza em tênue ladainha
uma catedral em oração.
Reza sozinha
no silêncio da multidão.
* Poema de Maria Luzia Misuraca Graton, em destaque, na página 9, da 63a.
Revista Ponto & Vírgula (abril/maio/junho/2023)
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