Foi-se o tempo! Todo dia... toda noite... entanto, eu te revejo
na fábrica, na escola, no portão... e isso me mata, intimamente...
Que pena! Parece que, melhor teria sido, se eu contente,
tivesse passado pela vida sem um bem! Mas prefiro, ao cotejo
entre o passado e o presente, esta lembrança que alimenta
o meu amor por essa vida... viver da esperança do teu beijo...
Passo hoje, de ordinário, à tua porta, esperançado e não te vejo e nada...
nada que eu faça, que não te envolva, me contenta!
Acreditaste tanto em mim... na minha fé, tão desvalida!
E, impiedosas, a pouco e pouco, as areias do tempo
me enterraram... Só nós sabemos, se foi isso desamor...
se foi desdita! Mas, quando leres, mesmo a destempo,
este lamento, com saudade hás de lembrar e com ardor
desse idílio, a pulsar em nossos corações, toda sentida!
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