VEM, MÃE, ME DÊ A MÃO! Por Irene Coimbra

 
Vem, mãe, me dê a mão
e vamos dar um passeio!
Colocá-la num asilo?
Mas, que ideia!
Claro que não, mãe! Não tenha medo.
Vamos apenas passear pelo parque.
Um peso? Você um peso para mim?
Claro que não, mãe!
Você não é nenhum peso para mim, mãe!
Por acaso eu era um peso para você
quando era criança e corria para lá e para cá?
Então...
Venha, me dê a mão e vamos dar um passeio.
Irei com você onde quiser!
Ah, mãe, não chore...
Eu já disse que não vou levá-la
para nenhum asilo e que você
não é nenhum peso para mim.
Vamos, me dê a mão.
Ah, não, mãe....
Por que continua chorando?
Claro que não!
Quantas vezes preciso dizer
que você não é nenhum peso para mim
e também não vou levá-la
para nenhum asilo?
Confie em mim, mãe!
Jamais vou deixá-la sozinha!
Um dia fui sua filhinha, não fui?
Façamos de conta que hoje, você é a minha.
Isso!!! Enxugue as lágrimas.
Tão bonito aqui, não é?
Olhe aquelas criancinhas brincando ali!
Parecem anjinhos, não parece?
Me lembro que você também me levava
ao parquinho para brincar.
Ah, como eu gostava!
Que foi, mãe? Já está cansada?
Então vamos voltar para casa.
Pronto! Chegamos em casa!
E então? Não foi bom dar um passeio
pelo parque?  Está feliz?
Espere... onde está minha mãe?




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