NOSSO TEMPO – II Idemar de Souza

 
















Prometi, a Deus, que não mais eu falaria desse amor...
Menti! Se pequei, é porque tu és a fonte que acalenta
essa saudade que eu gosto de sentir e que alimenta
à minha amarga existência... Se pudesse do teu calor

usufruir um só momento, que alegrasse a minha vida,
seria, eu, um ser feliz... a glória de viver ou de morrer
nos braços teus! Dá-me, querida, o prazer de merecer
essa aventura... é tempo de eu ver curada essa ferida!

Vai, minha flor, ao teu portão... deixa te envolva a bruma...
Tudo é calmo agora e os ventos, que me afagam, sibilantes,
nos desejam boa sorte... e juraram seguir-nos as estrelas!

Faze, como fosse hoje, o passado... me espera, como d`antes,
confiosa... e teremos, pra nós dois, manhãs e noites belas...
 E não restará, que não matemos, vontade sequer, só uma!













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