Maria Aparecida de Rezende Gaiofatto ou, Gaiô Gaiofatto, como é mais conhecida no meio artístico-literário, nasceu na cidade de Sertãozinho e lá passou sua infância e adolescência.
Jovem, de imaginação fértil e vivacidade no escrever e no falar, encantava a todos ao seu redor. João, aluno da mesma escola e classe, quase da mesma idade, por ela se apaixonou e a conquistou com seu jeito de ser.
Espiritualizada e em constante busca por autoconhecimento, mergulhava nas profundezas de sua alma, explorando cada canto e recanto com a coragem de quem sabe que a verdadeira sabedoria vem de dentro. Seus olhos poéticos viam o mundo com uma sensibilidade única, capturando a beleza nas coisas mais simples e transformando-as em versos que tocavam o coração de quem os lia.
Como poeta, confiava no poder do improviso e do inesperado. Sabia que a verdadeira arte surgia quando menos se esperava, em lugares movimentados ou nos momentos de silêncio absoluto. Sua coragem em ação, sua capacidade de ver além do óbvio, era o que a salvava. Mesmo quando se sentia exausta e vigilante, nunca se deixava paralisar pelo medo ou pela dúvida. A cada novo dia, recomeçava com gratidão à Vida, a Deus, à construção familiar e aos amigos que a apoiavam.
Compartilhava com as pessoas ao seu redor o que ela era de verdade, quer seja numa prosa tranquila, num canto melodioso ou num poema carregado de emoção. Olhava, acolhia e amava com intensidade, experimentando ideias, viajando em pensamentos, vendo além das aparências, acertando e errando e sempre escrevendo o que sentia. Sua curiosidade a levava a questionar o mundo, sempre em busca de respostas que podiam enriquecer sua compreensão da vida.
Terminados os estudos, jovens ainda, João e Gaiô, casaram-se. Tiveram três filhas. Cada uma refletindo um pedaço de sua força e determinação. Além de sua luta diária e de sua dedicação à família, Gaiô sempre privilegiava a Educação e a Cultura, se superando, constantemente, em todos os sentidos.
Hoje, filhas crescidas e cada uma vivendo bem sua vida, Gaiô Gaiofatto segue sua jornada, entrelaçando palavras e sentimentos, dedicando a maior parte do tempo em escrever seus poemas.
Embora não tenha mais, fisicamente, ao seu lado, o amado João, em suas preces silenciosas e momentos de introspecção, sente sua presença espiritual e sua energia, cuidando, guiando-a e inspirando-a em sua jornada de autoconhecimento. E assim vai construindo um legado de amor, coragem e poesia.
Amor que transcende o tempo e o espaço.
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Em destaque na página 4 e 5 da 68a. Revista Ponto & Vírgula (julho/agosto/setembro/24
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