Venho de lá, ancestral my love, mon amour lembro, a sala de aula, o Francês, provençal Amor em trovas celebrado no delírio de brincar, subir paredes, rir, bagunçar até o professor chegar.
Dar um buquê de matinhos colhido lá fora, para a professora de Português, D. Alzirinha aniversariante. Ah! menino!
Et bonjour, Monsieur du Corbeau.
Que vous êtes joli ! que vous me semblez beau ! ...
Se rapporte à votre plumage, Vous êtes le Phénix des hôtes de ces bois. À ces ...
Desde então só olhar, mágico olhar, colegas a me assustarem com tanto versar, o quietinho olhar em silêncio iluminar, só sorrir do menino engraçado, moleque danado!
11 anos a imaginar fugas das aulas, pra ir ao rio, pescar, brincar, esconder-se na secreta floresta, sonhos de caverna medieval.
E a Arte salva o silêncio em cuidar, colorir, desvelar a Obra, a alma do artista…
E o Homem, ainda imerso na sombra da realidade, perturbado pelo caos, longe de si mesmo; ainda na escuridão do Ser, na caverna e a humanidade dista do “Somos Todos Divinos no Um”.
Amo-te desde a Eterna e Livre In-Permanência do Amor.
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Poema de Gaiô Gaiofatto, em destaque, na página 5, da 68a. Revista Ponto & Vírgula (julho/agosto/setembro/2024)
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