Agora eu preciso te contar.
Andei a sentir saudade.
Não apenas do que eu vivi,
mas do que ficou por viver.
Daquele amor platônico
que jamais há de morrer.
Por ser um amor sonhado,
como haveria de ser?
E o pensamento não distrai.
Atormenta o tempo todo!
Chego a pensar que faz parte,
a dor, da felicidade.
E só sentirá o que sinto,
aquele que amou de verdade.
Poema de Fátima Monteiro, em destaque, na página 24, da 68a. Revista Ponto & Vírgula (julho/agosto/setembro/2024
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