Meus olhos estavam inebriados
pelo encanto que se desprendia
do luar em seus raios prateados
a exalar imensa paz e harmonia.
Belas estrelas no céu rutilavam
vindo curiosas a Terra espionar.
Meus pensamentos rodopiavam
e cismavam perdidos a recordar.
Divagando, o bulício da tua voz
ouvia resvalar no talhe delicado
de folhagens imersas em igapós.
O painel de memórias imantado.
Tudo me lembrava o ser querido
que era como um sol a acalentar
meus sonhos. Um ombro amigo,
com a face ungida a me acalmar.
E naquela noite estrelada e bela,
tentei colorir o passado distante.
Porém, a solidão era a única tela,
emoldurando um amor constante.
*
Poema de Sílvia Moura Fortes, na página 74 da Antologia "As Palavras Voam!"
Editora FUNPEC-RP - Coordenadora: Irene Coimbra
SÍLVIA MOURA FORTES é bacharel e licenciada em Psicologia, Filosofia e Direito. Mestre em Psicologia da Educação. Formada em Música e em Inglês. Multi-instrumentista, toca Piano, Violão e Acordeom. Advogada aposentada, trabalha atualmente como professora de música. Participa de diversas antologias em diferentes localidades. Autora do livro: “Arpejos da Alma”.
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