Poema de pai para fillho- José Antônio de Azevedo


Em tempos remotos, quando ainda estava em gestação,
não podia saber o que lhe esperava aqui fora.
Mas depois de um ano que veio à luz
já podia vislumbrar as belezas do mundo,
com os olhinhos espertos observando tudo.

Sem saber ainda andar com as próprias pernas,
teve ajuda majestosa do papai e da mamãe,
a ensinar-lhe dar os primeiros passos na vida.
Daí foi crescendo sempre em idade e sabedoria
até alcançar o estágio da afirmação produtiva.

Portanto, neste dia primaveril de hoje,
em que tem pernas fortes e vigorosas
para andar nas estradas incertas da vida,
e olhos abertos para ver as estradas tortuosas,
desejo-lhe esta contínua caminhada para frente
afastando mágoas e removendo espinhos
como se esta vida fosse o mais suave
de todos os caminhos.



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