Brado- Adriano Pelá



Quisera eu ser livre,
para em um cavalo alado,
percorrer prados e campinas.
Voar entre nuvens e ravinas,
entre montes e colinas,
entre mares e praias,
entre coração e razão,
entre desatinos e pesar.
Finalmente, ao cansar,
pôr fim ao voo, apear e dormir,
não sonhar, não voar.
Em horizontal vegetar, 
sem variações.
Na monotonia do não viver, só existir.
Só existir? 
Não me basta.
Quero voar!




 

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