ENTREVISTA COM DR. FERNANDO NOBRE

 


Dr. Fernando Nobre possui uma sólida for mação acadêmica na área médica, é palestrante sobre temas de saúde e lançou seu

primeiro romance “Homem Médico – Um romance que retrata o sucesso e o fracasso, o prazer e a decepção" em 2023. Foi empossado na Academia Ribeirãopretana de Letras em 14 de março de 2025. É com ele a nossa entrevista.

Ponto & Vírgula:  Dr. Fernando, o lançamento de “Homem Médico” foi um marco na sua trajetória literária. O senhor acredita que a obra foi determinante para sua indicação à Academia Ribeirãopretana de Letras?

Fernando Nobre - Não tenho dúvidas. Esse livro, um romance, foi uma nova e gratificante experiência.

P&V - 

O título “Homem Médico” sugere uma interseção entre humanidade e ciência. Esse conceito também influenciou o reconhecimento literário que culminou em sua posse?

FN -

 Esse livro foi uma forma de, por meio de uma narrativa suave e romanceada, tratar de assuntos necessários às condições de vida atuais onde as relações interpessoais estão sendo deterioradas.

P&V - 

Sua posse é a realização de um sonho ou uma etapa de algo maior? Quais são seus próximos projetos literários?

FN - 

A minha inserção na ARL veio naturalmente após uma longa carreira onde a escrita movia a minha vida acadêmica (foram mais de vinte livros científicos e um Prêmio Jabuti) e em determinado momento iniciei nova trajetória escrevendo ao público em geral.

Embora não tivesse sonhado com essa possibilidade confesso que o ingresso na ARL motiva-me à continuidade das atividades nesse encantador mundo da literatura.

P&V - 

O que mudou em sua percepção sobre literatura e seu papel como escritor depois do lançamento do romance e da indicação à ARL?

FN - 

A minha forma de escrever textos científicos foi frontalmente modificada. A escrita técnica tem de ser absoluta sem direito a ilações, para ser precisa e escorreita. Ao escrever esse romance, ao contrário, quanto mais pensamentos diversos tanto melhor.

P&V - 

Sua obra foi citada como um dos pilares para sua entrada na Academia. Como é ver sua ficção ser reconhecida em um meio tão prestigiado?

FN - 

Esse livro foi marcante em minha vida de escritor. Esse reconhecimento me é muito caro.

P&V -

 O senhor acredita que sua trajetória, começando pela ciência e migrando para a literatura, pode inspirar outros profissionais a explorarem seus potenciais criativos?

FN - 

Esse é um campo que todos que estejam engajados na produção de textos científicos deveriam buscar.

P&V - 

Mesmo já sendo um escritor reconhecido por obras científicas, “Homem Médico”, parece ter validado sua identidade como romancista. Como o senhor vê essa transição sendo consolidada com a posse?

FN -

 Esse livro foi um passo importante e decisivo para a continuidade de minha escrita no campo da ficção, crônica e outros gêneros literários (já publiquei anteriormente Superfícies Profundidades - Crônicas e Poesias, textos para crianças e adolescentes).

P&V -

 O senhor se sente mais próximo da prosa ou da poesia? A linguagem poética o atrai como leitor e como escritor?

FN - 

Sinto-me atraído por todos os gêneros de boa qualidade. Gosto de escrever crônica e poesia. Tenho particular apreço pela poesia. Estou iniciando um novo livro com a narrativa de uma história que, embora imaginária, refletirá muito da nossa vida diária.

P&V -

 Ao tomar posse na ARL, o senhor une dois mundos tradicionalmente distintos: o da ciência e o das letras. Como vê esse encontro de saberes?

FN - 

Acho que a ciência nos ensina e aperfeiçoa. A publicação técnica é base para isso. Toda obra é capaz de ambos: ensino e aprendizado. São indistintas para a mente e à vida a publicação científica e a da "letras".

P&V - 

Que tipo de contribuição espera trazer para a ARL, como membro ativo?

FN -

 Incorporar-me aos princípios defendidos por ela e contribuir para seu fortalecimento.

P&V - 

Agradecemos pela sua amável atenção e lhe desejamos um profícuo trabalho junto à ARL

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Entrevista com Dr. Fernando Nobre, em destaque, na página 26 da 71a. Revista Ponto & Vírgula (abril/maio/junho/2025)


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