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Poetizar- na 49a. Revista Ponto & Vírgula

Publicada por Ada Abaé em agosto 05, 2020

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a- Páginas soltas Jô Feijão

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Biografia- Sérgio Roxo da Fonseca

Sérgio Roxo da Fonseca, nasceu e se formou no Rio de Janeiro, mas foi criado em Ribeirão Preto. No início de sua carreira, durante muito tempo, morou em Jardinó-polis onde foi promotor e juiz. Depois foi promovido para Sertãozinho, Ribeirão Preto e São Paulo. É um dos advogados mais brilhantes e influentes em Ribeirão Preto. Pós-graduado no Direito Público atuando também nessa área, sua relação com a Educação sempre foi e continua sendo muito grande. É o segundo professor mais antigo em Ribeirão Preto, embora há alguns anos esteja afastado das salas de aulas.

Biografia- Lucília Junqueira de Almeida Prado

Nasceu em São Paulo. Passou a infância numa fazenda perto da cidade de Conquista, do Triângulo Mineiro. Tem cinco filhos, onze netos e, por enquanto quatro bisnetos. Autora dos livros: Para além de 65 livros para a infância e juventude escreveu ; Até Sob as Asas da Aurora Uma rua como aquela- ganhou o Prêmio Jabuti 1971 Cheiro de Terra- finalista do Prêmio Jabuti 2009

Quem é você para julgar o coração alheio, quem se deve ou não amar e conservar aqui no peito?

De fato, quem somos nós para julgar? Parabéns, Poeta! CORAÇÃO ALHEIO Victor Garcia Preto Quem é você pra julgar o coração alheio, quem se deve ou não amar e conservar aqui no peito? Pois cada um e, só apenas, sabe os detalhes da jornada e sobrevive a duras penas, ao não sair da forma esperada. * Poema de Victor Garcia, em destaque, na 72a. Revista Ponto & Vírgula (julho/agosto/setembro/2025)

LIBERTAR O SABER- Gaiô Gaiofatto

Vou libertar meus livros, seguindo meu coração. Tantos anos confinados, prisioneiros me esperando, tentando me conhecer... Quanta desilusão! Na estante, estagnados, Ilustrando em paisagens, bookscapes pela casa. Devem estar cansados. Que possam se reciclar em outros cantos da vida, possam ser melhor tratados, dispostos, manuseados, melhor qualidade humana. Tanta escola precisando, os projetos sociais. Com cuidado, não os queime, são paisagem do saber, alumiam o viver. Novos toques, novos colos, possam eles circular em mágicas prateleiras, nova vida e utilidade, livres do sebo, livres de mim, livres do antigo dono, da livraria da esquina... Uffffa! Livres enfim! * Poema de Gaiô Gaiofatto, em destaque, na página 9, da 72a. Revista Ponto & Vírgula (julho/agosto/setembro/2025)

Dançando nas nuvens- Luzia Madalena Granato

Sonhando com você, te encontrei na paixão alucinante. Vivi de ilusões, sensível demais, a vida colorida de outrora queria. Me distanciei, me aproximei novamente. O tempo é a semeadura, revelou o trigo, que se fez pão, À vida me ensina... Recomeçar todo dia e reconhecendo-me. Cantei e orei ora pro nobis. O tempo passou... Senti que perdão cicatrizou. Pois só quem ama perdoa. E vê sinais, de não desistir do coração. Me amas, no cuidar do dia a dia, em tons reais, no querer divino. Viramos a página da vida. Hoje digo que é o amado meu, vence o seu amor e o meu. Dançando nas nuvens, sonhei... De vestes branca ao som de violoncelo...

O TEMPO NA PONTE *Alvim Barbosa - Poeta Inesquecível

Tempo cansado, destruindo a cor subjetivamente. Ganhar o tempo acima da solidão. Do que é possível tudo se perde. Recuperar o tempo. Talvez a emoção traída se transforme. Ponte incomum. O rio é largo. Não tem limite nem direção. A ponte é só. Não passarei do gesto. A água turva te afogará. Este impulso no tempo proporcionará o tom. Descobrirei teu rosto em minhas mãos. O som da água entre meus dedos, canção de teus cabelos. Havia a ponte. Preferiste o rio. Violentei-me no choro do teu naufrágio. Perdeste o tempo. Ponte em ruínas. *** *Nasceu: 07-12-1935 *Faleceu: 01-06-2007 *********************************************************************** Poema de Alvim Barbosa, em destaque, na página 28 da 71a. Revista Ponto & Vírgula (abril/maio/junho/2025)

A SUBIDA- Arthur Gregório Valério

Leve, pelos ares ensolarados Voava livre e alta a sua figura Como se nos fios azuis de sol Saísse viva da noite escura E brincava com todos os anjos Roubava o vapor das casas Espalhada pelo calor da rua Alçava a vida com suas asas Uma alma pura e enfim liberta Violeta com seu aroma outonal Subiu ampla, belíssima e viva Pelo brilho de um ente astral Sondava o fundo, ali por detrás Das coisas todas que apareciam A essência meiga das luzes mortas E as estrelas que se escondiam A paz celestial, na funda amplidão Onde o ar se confunde ao vago seio Do criador oculto, que sonda o peito E habita na luz de um puro anseio Os deuses, os santos espantados Se deitavam agora em suas cores Enquanto ela fingia ser aquarela E dissolvia mórbida as suas dores Não pedia seu respeito, mas apenas Lhes sorria, e com tantas saudades Que tinha da Terra, via agora a nova Terra, em seus júbilos de mil verdades Era a curva que faz a curva ao lado O céu mais limpo, o tom mais leve Não havia pranto, mas...

TALENTO- Cecília Figueiredo

Não tenho talento para viver. Ainda não sei viver. Não sei sair de armadilhas, enganar o próximo, roubar o tesouro, encher de ironia a vida de alguém. Engano a mim mesma: roubo meu próprio tesouro e me desarmo em armadilhas que eu mesma inventei. Minha ironia sou eu. * Poema de Cecília Figueiredo, em destaque, na página 8, da 72a. Revista Ponto & Vírgula (julho/agosto/setembro/2025)

ESSE SEU JEITO DE AMAR... Por Conceição Lima

VOCÊ diz “A-M-A-R” ... ... a NOITE, mas acende a LUZ, ... o VENTO, mas FECHA a JANELA, ... o SOL, mas procura a SOMBRA, ... a CHUVA, mas busca um ABRIGO, ... as FLORES, mas as ARRANCA da TERRA, ... a PAZ, mas tolera a GUERRA, ... a VERDADE, mas se esconde atrás de MENTIRAS, ... a LIBERDADE, mas PRENDE o que teme perder, ... a AUTENTICIDADE, mas segue TENDÊNCIAS, ... a INOVAÇÃO, mas resiste à MUDANÇA, ... a DIVERSIDADE, mas só aceita os SEMELHANTES, ... o SUCESSO, mas abomina o SACRIFÍCIO, ... o TEMPO LIVRE, mas detesta o TÉDIO, ... a SIMPLICIDADE, mas só consegue COMPLICAR, ... CONEXÕES PROFUNDAS, mas evita a AUTOENTREGA, ... O FUTURO, mas se apega ao PASSADO, ... as PESSOAS, mas MACHUCA o PRÓXIMO, ... a DEUS, mas ODEIA o IRMÃO... Tão CONTRADITÓRIO AMOR, que, simplesmente, me ASSOMBRA! Ribeirão Preto, 17 de maio de 2025 ********************************************************************* Poema de Conceição Lima, em destaque, na página 28 da 71a. Revista Ponto & Vírgula (abri...

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