O Tempo na Ponte- Alvim Barbosa

 


 














Tempo cansado
 Destruindo a cor
 subjetivamente.
 Ganhar o tempo
 Acima da solidão.
Do que é possível
Tudo se perde.
 Recuperar o tempo.
 Talvez a emoção traída
Se transforme.
 Ponte incomum.
 O rio é largo.
 Não tem limite nem direção.
A ponte é só.
Não passarei do gesto.
 A água turva te afogará.
 Este impulso no tempo
 Proporcionará o tom.
 Descobrirei teu rosto
Em minhas mãos. E o som
 Da água entre meus dedos-
Canção de teus cabelos.
Havia a ponte.
Violentei-me no choro
De teu naufrágio.
Perdeste o tempo.
 Ponte em ruínas.


                            In O Tempo na Ponte




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