A FONTE- Gaiô Gaiofatto

 
















Tenho me revisitado.
Entoo cantos de maturidade
com timbres que buscam o simples,
o natural.
E desconstruo
modelos, normas, dogmas, leis,
há longos tempos formatados.
Onde foi que parei?
Rasgo ventos em poemas,
rasgo a pele bem no fundo, 
esfolo a terra, corpo físico,
em matéria sangue flui
Dói.
Eis a fonte!
Inusitado encontro com a luz,
sol nos olhos me ofusca,
me atordoa, me confunde.
Busco traços, brisa, laços,
danço a vida em suas nuances
em suaves rodopios.
Desafios?
Marco encontro com a criança.
Onde estava? Não sumiu.
Vem de volta, paulatina,
brinca e chora, encara o medo,
ri, gargalha palhaçadas,
amorosa em bom humor.
Gosto muito do que vejo.
Sou feliz com meu espelho.



***
Do livro "VERSO-UNI-VERSÁTIL-DI-VERSO" de Gaiô Gaiofatto, em destaque na página 7 da 70a. Revista Ponto & Vírgula (janeiro/fevereiro/março/2025)


Comentários