Aquela
não era uma formiga comum. Ah, não era mesmo!
Enquanto as outras corriam de lá
pra cá, numa corrida frenética, ela
estava ali, parada, olhando para os lados, sem fazer absolutamente nada.
De repente veio em minha
direção. Examinou bem meu pé e começou a escalá-lo.
O que pretende fazer, essa
bendita formiga? Fazer-me de escada para ter melhor visão ou ser melhor vista?
– me perguntei.
E ela veio subindo....
subindo....
Eu, observando-a.
Quando alcançou o dorso do meu
pé, o que fez?
Fincou-me o ferrão!
Meu primeiro impulso foi
esmagá-la, mas me contive.
Apenas continuei olhando-a. Do
mesmo modo que subiu, desceu.
Que vidinha mais insossa deve
levar essa formiga! – pensei.
Comparei aquela formiga a certas
pessoas que depois de nos usarem como escada para subir na vida, nos ferroam e
são mal agradecidas.
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