Ela se foi, assim, de uma maneira
fina e elegante, após o chá. Seu rosto
era marcado pelo sorriso. Em quase tudo
via graça. Filha, esposa, mãe, mulher, avó, sogra, irmã, vizinha, amiga e
companheira. Um ponto de referência.
Fazia da vida uma festa! Ficar perto dela era estar com a alegria.
No nosso último encontro
descobri que gostava de mapas. Disse que estudar era um prazer e que, se a
vida lhe
tivesse dado mais oportunidades, teria aprimorado seus estudos em Geografia e Português.
A boa macarronada, o bolo, o
café, as plantas nos vasos do seu jardim. Amou, como poucas mulheres aprendem a
amar, vivia um dia de cada vez. Uma fé inabalável fez com que ela permanecesse firme diante dos
desafios da dor.
Artista por natureza, criava e recriava a vida como a linha
e a agulha procuram encontrar o
melhor ponto do crochê. Às vezes surgia um pássaro, um peixinho, uma coruja,
uma flor ou uma borboleta e seguia em
frente, prestimosa, até que sua obra ficasse pronta sem perder o fio da meada.
Sentimos sua falta minha
querida, com certeza!
Você viverá em nossos corações
como alguém que acreditou que viver é
uma M a r a v i l h a!
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