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Programa Ponto & Vírgula - 24/10/2024

Publicada por Ada Abaé em outubro 25, 2024

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VERSOS NO PORÃO- ARLETE TRENTINI DOS SANTOS

Não sou uma puritana. Estou longe da santidade. Mas em plena sanidade, com muita vitalidade, cheia de boas vontades. Ponho rédeas no meu pensar. Não quero a ninguém magoar. Se soltar meus pensamentos, posso causar sofrimentos. Guardo meus versos no porão. Eles incendeiam o meu coração, e desencadeiam a rebelião da mente, do corpo e da razão. Calada falo mais alto. Fico então tagarelando. Engano seu pensar que estou pouco me importando... Do livro: Alinhavando poesia – Pág. 49 * Poema de Arlete Trentini dos Santos, na página 13 da antologia "As Palavras Voam!" Editora: FUNPEC-RP - Coordenadora: Irene Coimbra

Poemas de Gaiô Gaiofatto- na Antologia "As Palavras Voam!"

RENOVAÇÃO Gaiô Gaiofatto A noite cai em meus olhos, imensidão. A cortina do mundo se fecha em mim. Um acalanto me toca e me salva da escuridão. Tudo o que preciso. Corpo cansado, alma recostada. Profundo SER, quietude interior perscruta à volta, olha assustado. E trocamos olhares que falam de certezas ora, ora desconfiados. Esperança sonolenta se renova em derrame de estrelas esparsas que se espelham. Luzem mundo afora... Já posso por hoje, descansar. Amanhã renasço para brilhar. ME ACERQUE, ME ENVOLVA Gaiô Gaiofatto Não vá, sei que me ouve de onde está. Me envolva com você, em nosso amor. Me entenda sem confusão em nossas conversas, despedidas, olhares, canto a nossa canção. Nos veremos, descanse em Paz, Luz, Saudade, precisamos um do outro até que nos vejamos. Sei que me ouve, o ouço, me acerque, me envolva, com sua Alma. * Poemas de Gaiô Gaiofatto, na Antologia "As Palavras Voam!" Págs. 26/27. Editora FUNPEC-RP - Coordenadora: Irene Co...

A FORÇA DA PALAVRA- Helena Agostinho

Palavras amargas, chulas, cruéis, palavras de críticas ou de preconceitos, que ferem, envenenam o coração. Deixam marcas, ceifam sonhos, causam dor, desilusão ... Mas se forem ditas com carinho, empatia, valorizam, enaltecem, parecem uma prece, balsamizam, aliviam... Palavras envolventes, ousadas, que são sussurradas, bem ao pé do ouvido, não dá para conter, provocam arrepio, gozo, prazer... Palavras em desuso, retrógradas, sem nexo, que vagam ao léu, esquecidas, descansam na folha de um papel. * Poema de Helena Agostinho na página 20 da antologia "As Palavras Voam!" - Editora FUNPEC-RP - Coordenadora: Irene Coimbra HELENA AGOSTINHO é Presidente da União dos Escritores Independente de Ribeirão Preto; União Brasileira dos Trovadores, da Sessão de Ribeirão Preto. Titular da cadeira 62 da Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto. Ocupa a cadeira 32 da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro.

O CORAÇÃO É LIVRE -Victor Garcia Preto

Apesar de tudo. De todas a normas e regras, o coração é livre. E por esse motivo, é criminosamente ingênuo e inconsequente. Tão livre que pode escolher se prender, se isolar, seguir sozinho, ou carregar alguém por toda a vida. E de tamanha liberdade, pisa sem perceber no solo na libertinagem. E não se pode descartar a hipótese de tentar se alojar onde não é permitido. * Poema de Victor Garcia Preto, na página 82 da Antologia "As Palavras Voam!" - Editora FUNPEC-RP Coordenadora: Irene Coimbra * VICTOR GARCIA é escritor, poeta e radialista. Membro da Caso do Poeta e do Escritor de Ribeirão Preto e da União dos Escritores Independentes. Possui quinze livros publicados: Romances, Contos, Poemas, Épico, infantis e um não ficcional de Desenvolvimento Pessoal. Ribeirão-pretano, formado em administração e ciências contábeis.

VISITA AO PASSADO- Maria Alice Ferreira da Rosa

Eu entrei na morada do passado - respirei fundo, vesti o casaco da ousadia, calcei as botas da coragem, e entrei. Demorei enxergar porque não era claro, algumas frestas do futuro, entretanto, permitiam a passagem de fachos de luz e claridade e fui adiante. Com medo. Trêmula. Hesitante. Mas fui. Tentando adivinhar no que pisava e o que me esperava naqueles cômodos empoeirados, há tanto tempo abandonados, frios e tristonhos. Quando meus olhos se acostumaram à luminosidade consegui começar a enxergar o que deixara para trás: vi que pisava em sonhos desfeitos e esperanças vãs. Tudo transformado em pó e cinzas, mistura de lágrimas, decepções e dores suportadas, consegui avistar em um canto bastante alegria e toda a felicidade que não sabia onde havia perdido. Podia até mesmo ouvir as risadas que nunca mais dei; encontrei, encostado a uma parede, um cajado de arrojo e então reencontrei minha antiga intrepidez, minha bravura com ele fui abrindo caminho entre os escombros E assim revi os...

PROFUNDOS DESEJOS- JC Bridon

Saltitando de galho em galho De mergulho em mergulho De pensar em repensar De trazer para dentro do Sonhador de versos Tudo aquilo que o momento presente Sonha, vive e almeja versar Tudo aquilo que Caminhando está para Partilhar os mais Profundos desejos que a vida Do sonhador de sonhos Atravessa com maestria. Sonhos e mais sonhos Desejos e mais desejos Destreza mais do que tudo Aquilo que o sonhador de sonhos Tenta no pulsar de um viajor De versos inesquecíveis para Conquistar com merecido louvor Tudo o que os momentos de vidas Conseguem sobrepor a tudo Aquilo que o sentimento sentido Almeja alcançar. * Poema de JC Bridon na página 59 da antologia "As Palavras Voam!" Editora: FUNPEC-RP - Coordenadora: Irene Coimbra JC BRIDON nasceu em Gaspar/SC. É poeta e escritor. Já publicou quatorze livros, sendo dois em Francês e um bilíngue: Inglês/Português. Comendador da ALG; Delegado da ALAV; Embaixador da Paz da Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture e membro de vá...

FASTIO- Cecília Figueiredo

O raio de luz que bate sobre a mesa também tem seu trabalho - esquenta e arde - a aranha vermelha tece de novo uma fineza de rede, os ratos roem, as vacas caprichosas olham para o pasto vasto e voltam a mastigar, fatigadas, o Atlântico cisma conquistar o Ártico, as montanhas retas testemunham os carros; tudo inconteste anda e trabalha. Só eu cismo, de noite e de dia, com as minhas mãos para trás, trançadas, esse ruminar inútil da poesia, esse meu fastio, essa minha traça. * Poema de Cecília Figueiredo, na página 21, da Antologia "As Palavras Voam!" - Editora: FUNPEC-RP Coordenadora: Irene Coimbra CECÍLIA FIGUEIREDO nasceu em Franca, mas viveu em Ribeirão Preto desde a sua adolescência. Atualmente vive em Piracicaba/SP. É professora de Inglês para adultos e também tradutora técnica. É poeta e tem 4 livros publicados. É membro da ARL desde 2009.

INSÔNIA PERSISTENTE- Alciony Menegaz

No meio da noite ela surge sorrateira, exercendo seu domínio sobre mim. Aquela falta de sono que me leva a sonhar. Sonhar, sonhar acordada. Mergulhar em poesia, relembrar músicas lindas, viajar na imaginação. Criar fantasias inusitadas, acreditar em impossibilidades. É muito bom sonhar... O espírito transita por estradas inimagináveis, derruba barreiras intransponíveis, alcança cavernas insondáveis! Difícil mesmo é retornar aos braços de Morfeu! * Poema de Alciony Menegaz, na página 5 da antologia "As Palavras Voam!" Editora FUNPEC - Coordenadora: Irene Coimbra ALCIONY MENEGAZ, é cantora, pintora, escritora, radialista, membro da Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto, da Academia de Letras e Artes de Barretos, Casa do Poeta e Escritor, entre outras. Autora do livro: “ Lampejos na madrugada”. Continua atuando em shows, nas telas e na literatura.

MERGULHEI-ME DE RIO- Agenor Filho

Deixei a saudade florescer e voltei à minha terra onde um dia me vi partir. A saudade ainda mora no porto das balsas. Desfrutei do pôr do sol, sumindo nas águas, do fim de tarde da minha pequena cidade. Desci nas águas do meu passado. Mergulhei-me de rio. Voltei a ser menino. Mesmo não sendo mais aquela criança despida de pés no chão, que banhava no velho rio de barrancos e pedras, mergulhei-me de rio e lavei minha alma de saudades! * Poema de Agenor Filho, na página 4 da antologia "As Palavras Voam!" - Editora FUNPEC-RP - Coordenadora: Irene Coimbra AGENOR FILHO, professor, jornalista e escritor. Autor de vários livros. Atualmente é membro-diretor da Casa do Poeta e do Escritor e União dos Escritores Independentes de Ribeirão Preto e apresentador do programa e podcast “A voz da cidade” na Rádio WEB Nova Ribeirão.

OUTONO - Luzia Madalena Granato

Outono, tempo de mudança, quando as folhas caem, dançam. Amarelo, laranja, vermelho, cores que iluminam o caminho. O amor é como o outono, amigo. Um tempo de crescimento, de mudança. Sua amizade é como as folhas, que caem, mas sempre renascem. Outono. Chegou com brisa leve que suaviza minha alma e corpo. Meu coração está em harmonia, com amor e paz. * Poema de Luzia Madalena Granato, na página 61 da antologia "As Palavras Voam!" Editora: FUNPEC-RP / Coordenadora: Irene Coimbra LUZIA MADALENA GRANATO é natural de Ribeirão Preto. Poeta e escritora. Autora de vários livros e participação em várias Antologias. É membro da Casa do Poeta e do Escritor de Ribeirão Preto e União de Escritores Independentes, entre outros.

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