Tempo cansado, destruindo a cor
subjetivamente.
Ganhar o tempo acima da solidão.
Do que é possível tudo se perde.
Recuperar o tempo.
Talvez a emoção traída se transforme.
Ponte incomum.
O rio é largo.
Não tem limite nem direção.
A ponte é só.
Não passarei do gesto.
A água turva te afogará.
Este impulso no tempo proporcionará o tom.
Descobrirei teu rosto em minhas mãos.
O som da água entre meus dedos,
canção de teus cabelos.
Havia a ponte.
Preferiste o rio.
Violentei-me no choro do teu naufrágio.
Perdeste o tempo.
Ponte em ruínas.
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*Nasceu: 07-12-1935
*Faleceu: 01-06-2007
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Poema de Alvim Barbosa, em destaque, na página 28 da 71a. Revista Ponto & Vírgula (abril/maio/junho/2025)

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